sexta-feira, 12 de julho de 2013

PPDA de Filosofia - 200,201 e 202

Ideologias presentes na vida do homem pós-moderno

                                                                                                                                                 Wilmar Luiz Barth
a) Materialismo: faz com que um indivíduo obtenha certo reconhecimento social pelo simples fato de ganhar muito dinheiro, ter objetos que todos têm ou que são moda no momento. Para isto, não se medem esforços e se cancelam os valores éticos: “ter” acima do “ser” ou “ter” para “ser”!

b) Permissivismo: Tudo é permitido, o que arrasa os melhores propósitos e ideais. A busca ávida do prazer e do refinamento, sem nenhum outro questionamento. A ética permissiva substitui a moral, o que leva a um desconcerto generalizado. Tudo é bom, desde que você se sinta bem!

c) Relativismo: Tudo é relativo. A subjetividade dita as regras. Não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau e as verdades são oscilantes. Desta tolerância interminável, nasce a indiferença pura. Vale a ética do consenso, a opinião da maioria. Para Rojas, esse homem “padece de uma certa melancolia new look: instrumento de experiências apáticas” e L. Boff: “Disso resulta uma cosmo visão política e estética em relação à qual ninguém precisa estar contra, porque, irrelevante, não modifica o curso da história”.

d) Consumismo: Representa a fórmula pós-moderna da liberdade. O ideal de consumo da sociedade capitalista não tem outro horizonte, além da multiplicação ou da contínua substituição de objetos (ainda em perfeito estado de uso) por outros cada vez melhores. O resultado disto é a cultura do desperdício, onde se vive para consumir e essa é a única imagem valorizada. As grandes transformações sofridas pela sociedade, nos últimos anos, são, a princípio, contempladas com surpresa, depois com progressiva indiferença ou, em outros casos, como a necessidade de aceitar o inevitável. Colocar-se contra é como ir contra a maré. A propaganda cria falsas necessidades, objetos sempre melhores criam o desejo impulsivo de comprar. A permissividade prega a chegada de uma etapa decisiva da história, onde não há vencedores nem vencidos; por isso, deve-se aproveitar tudo e ir cada dia mais longe. Se tudo cai no ceticismo ou num individualismo fatal, o que ainda pode surpreender ou escandalizar? Isto produz vidas vazias, mas sem grandes dramas, nem vertigens angustiantes ou tragédias. É a metafísica do nada, pela morte dos ideais e a superabundância do resto. A consequência inevitável do consumismo se manifesta em duas crises: a econômica e a ecológica.
e) Nihilismo: viver a liberdade total é o ideal maior. O homem liberal é aberto, pluralista, transigente, tolerante, capaz de dialogar com quem defende posturas totalmente distintas e contrárias às suas, o que somente o leva a uma indiferença relaxada. Disso aflora a paixão pelo nada, que leva ao vazio, e tudo isso sem dramas, catástrofes ou vertigens trágicas. A pergunta principal é: por que não? O relativismo e ceticismo têm um tom devorador porque desta mistura emerge um homem pessimista, desiludido. Reina a indiferença à verdade. Se não existe uma verdade, tudo é passageiro, frágil e provisório. Assim, surge a idéia de consenso como juiz último: o que a maioria disser é a verdade. No fundo, não existe uma verdade, cada um tem a sua, o que desemboca na impossibilidade de existir uma ética comum. No fundo, cada um faz o de que gosta e lhe dá prazer. No final, o que pode mais chora menos.
Atividade:


 Disserte analisando reflexivamente sobre as " ideologias presentes na vida do homem pós-moderno". 


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